Varizes são veias dilatadas e tortuosas que ocorrem mais frequentemente nos membros inferiores. É a doença vascular mais comum, de caráter mundial acometendo 30% da população geral. Conforme o calibre das veias acometidas podemos chamá-las de telangectasias(até 1 mm), vasos reticulares (1 a 3 mm) e varizes propriamente ditas (> 3mm) com opções de tratamento diferentes. As complicações decorrentes das varizes representam a 14a. causa de afastamento do trabalho com 2 mil dias de perda de dias de trabalho por ano nos Estados Unidos da América. Quanto a etiologia, as varizes são causadas basicamente por 2 mecanismos interdependentes: incompetência valvar das veias e ao enfraquecimento da parede do vaso.
Os fatores de risco para varizes são hereditariedade, idade, gênero, raça, obesidade, gestação, alteração hormonal e postura. Os sintomas mais comuns de varizes são: dor em peso / cansaço / queimação, desconforto nas penas, formigamento, câimbras, edema, coceira. São piores no decorrer do dia, com a postura (muito tempo sentado ou de pé), na TPM, no período de calor.Melhoram com repouso e elevação dos membros.
O diagnóstico de varizes é clínico. Os exames complementares servem para eliminar outras causas dos sintomas ou como planejamento pré-operatório sendo o mais utilizado a ultrassonografia com mapeamento Doppler colorido. O tratamento de doença venosa pode ser clínico ou cirúrgico.
O sistema venoso dos membros é dividido em superficial (veias localizadas no tecido celular subcutâneo) e profundo (veias localizadas entra a fáscia muscular e o sistema ósseo), sendo este último responsável por 80-90% do retorno venoso.
Trombose Venosa Profunda consiste na formação de trombos (coágulos) no interior das veias do sistema venoso profundo (TVP). As principais causas são a Síndrome do imobilismo (diminuição da função muscular por mais de 15 dias), uso de hormônios femininos (anticoncepcionais ou terapia de reposição hormonal), tabagismo, neoplasias(tumores malignos) e trombofilias (“defeitos” nos sistema de coagulação). Os sintomas mais frequentes são dor, edema, aumento da temperatura e arroxeamento da pele do membro acometido.
Sua complicação mais temida é a embolia pulmonar (EP), daí o termo Tromboembolismo Venoso, que consiste na migração de parte ou de todo o trombo pela corrente sanguínea ate a circulação pulmonar, condição que pode ser fatal ou resultar em quadros gravíssimos. O tratamento consiste na administração de anticoagulantes e devem ser mantidos por 3 a 6 meses ou indefinidamente, dependendo de cada caso. Este tratamento é bastante efetivo e seguro.
Tromboflebite Superficial consiste na formação de trombos no interior das veias do sistema venoso superficial geralmente associada a reação inflamatória local. O tratamento geralmente é clínico.
A Síndrome de Cockettconsiste na compressão da veia ilíaca esquerda pela
artéria ilíaca direita. Os principais sintomas são venosos, como os das varizes. Esta condição pode levar ao agravamento do quadro de varizes no membro inferior esquerdo e até mesmo em trombose venosa profunda deste membro.
Conforme a evolução da doença venosa existe alteração da coloração e resistência da pele. Inicialmente a pele torna-se mais escura, de aspecto ocresendo chamada de dermatite ocre. Posteriormente torna-se menos elásticas podendo evoluir para fibrose (lipodermatoesclerose) e assim torna-se apto ao desenvolvimento de úlceras. Geralmente são ulceras de difícil cicatrização e propensas a infecção local.
O tratamento inicial e mais eficiente é o clínico, sendo utilizados cremes/pomadas com preparação proteolítico enzimática, antibióticos tópicos ou sistêmicos, limpeza diária e compressão elástica.
O termo Aneurisma trata-se da dilatação de parte ou do todo do vaso acometido, sendo mais comum arterial. É encontrado mais frequentemente na aorta seguida da artéria poplítea, artérias ilíacas e cerebrais. Sua etiologia principal é a aterosclerótica. Trata-se de uma doença silenciosa, ou seja, na maioria das vezes não tem sintomas, o que o torna mais perigoso ainda. No checkup vascular é uma doença a ser investigada. O tratamento depende da etiologia, tamanho, ritmo de crescimento, sintomatologia e condição de saúde; podendo ser clínico e/ou cirúrgico sendo este ultimo por via aberta ou endovascular. O tratamento clínico sempre deve ser instituído e consiste em medicamentos que visam a diminuição da atividade da doença aterosclerótica.
Trata-se de uma doença que acomete as artérias de qualquer parte do corpo ocorrendo a separação das camadas da parede arterial desencadeada, geralmente, por uma crise de hipertensão arterial. O sintoma mais frequente é a dor súbita, intensa, progressiva na topografia da dissecção acompanhado de sudorese, náuseas ou vômitos. Frequentemente associada a crise hipertensiva. O exame complementar mais utilizado é a angiotomografia.
O tratamento inicial consiste em controlar os níveis pressóricos, sedação intensa e controlar a força de contração e ejeção do coração através de medicamentos, geralmente em UTI.
As carótidas são ramos da aorta que levam o sangue arterial para a cabeça incluindo cérebro e face. A estenose da artéria carótida consiste na diminuição do calibre destas artérias através de depósitos de gordura (aterosclerose) podendo evoluir ao acidente vascular cerebral (AVC), mais conhecido por “derrame”.
Os principais fatores de risco são: hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo, histórico de AVC na família ou presença de doença coronariana (artérias do coração).
Trata-se de uma doença silenciosa, cujo primeira manifestação pode ser o AIT (acidente isquêmico transitório) ou o próprio AVC. Alguns sintomas que podem ocorrer são a fraqueza ou paralisia dos membros, dificuldade para falar, cegueira momentânea e perda de consciência. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico.
O tratamento clínico baseia-se no controle dos fatores de risco e uso de medicações que ajudam a estabilizar a placa de ateroma e diminuem a chance de trombose do vaso.
Trata-se do estreitamento ou oclusão arterial dos membros geralmente devido a doença aterosclerótica. Os principais fatores de risco são: hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemias, obesidade, tabagismo e sedentarismo. Trata-se de uma doença sistêmica, isto é, pode acometer todas as artérias do organismo. O sintoma mais comum é a claudicação intermitente (dor os membros ao caminhar).
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico sendo este ultimo por via aberta ou endovascular. O tratamento clínico consiste no controle dos fatores de risco com dieta, exercício, suspensão imediata do hábito de fumar e medicação vasodilatadora/antiagreganteplaquetário.
Trata-se de infecção no sistema linfáticocausada por bactérias, fungos ou parasitas levando a inflamação da rede linfática. O agente mais frequente é bactériaStreptococcus beta-hemolítico do grupo A.A erisipela pode acometer qualquer parte do corpo, porém os membros inferiores são os mais frequentemente acometidos seguidos pelos membros superiores e face. A principal porta de entrada dos agentes causadores da erisipela é a micose interdigital (frieira) mas qualquer outro microtraumatismo pode levar a esta doença como arranhaduras, picadura de insetos entre outros.
Os principais sintomas são inespecíficos como mal estar, fraqueza, febre, calafrios e/ou vômitos; ou específicos como eritema da pele, enduramento da pele e gordura subcutânea, aumento da temperatura local, aumento dos gânglios.
O tratamento geralmente é clínico com administração de antibióticos, analgésicos, anti-inflamatórios, corticóide tópico ou injetável. O tratamento da porta de entrada (na maioria dos casos, a micose) também deve ser feita de maneira efetiva para prevenir recidivas. Além disso, é recomendável o repouso no leito e hidratação adequada.
O check-up vascular consiste na avaliação arterial, venosa e linfática com rastreamento de doenças sintomáticas e assintomáticas. Consiste em exames gerais, colesterol total e frações, triglicérides, ultrassonografia doppler arterial e venosa de membro inferiores e superiores se necessário, ultrassonografia dopplerde artéria carótida e vertebral. Concomitante solicitar avaliação cardiológica devido a doença aterosclerótica. Como regra deve ser realizado anualmente ou a cada 6 meses conforme resultados.
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